Lançamentos
Coleção Certas Canções - Editora Acorde!/Hedra (2022)
Editores: Paulo Almeida e Janaína Marquesini
Idealizadores: Marcos Lacerda e Luís Augusto Fischer
A coleção apresenta um panorama da crítica da canção no Brasil, em todas as dimensões, biografia, ensaio, teoria da canção, análises sociológicas,antropológicas e assim por diante. Cada volume apresenta um crítico cuja obra tem relevância no campo cultural e também acadêmico. Os primeiros volumes publicados foram os de “Mário de Andrade: A estranha força da canção” (2022), organizado por Luís Augusto Fischer; e “Luiz Tatit: No princípio era o meio” (2022), organizado por Marcos Lacerda. Estão previstas publicações de 15 volumes no total, até o ano de 2025.
Embora existam uma série de coleções vinculadas à mediação crítica em canção e música popular no país, cabendo destacar aqui, por exemplo, a coleção idealizada por Hermínio Bello de Carvalho, a partir da década de 80, na Funarte e, entre outras, a coleção organizada por Tárik de Souza pela Editora 34, nos dois casos o objeto eram ou os artistas, ou os movimentos artísticos.
A coleção Certas Canções tem como objeto, diferentemente das coleções mencionadas, os críticos, a produção crítica. Por conta disso, ela é inédita no país. E quando falamos em crítica da canção e música popular, nos referimos às diversas modalidades de sua realização, do ensaio biográfico, comum a autores como Ruy Castro, Zuza Homem de Mello e Jairo Severiano; da teoria da canção, caso em especial de Luiz Tatit, entre outros; do ensaio crítico, casos de José Miguel Wisnik, ou Adélia Bezerra de Menezes; da análise sociológica e antropológica, casos de Hermano Vianna e Heloisa Starling, e assim por diante.
Os dois primeiros volumes lançados, Mário de Andrade e Luiz Tatit, apresentam um conjunto de textos significativos destes autores, contando também com um texto de apresentação escrito pelos respectivos curadores.
FISCHER, Luís Augusto (org.). Mário de Andrade: A estranha força da canção. Acorde! Editoral/ Editora Hedra. São Paulo, 2022
Luís Augusto Fischer
Luís Augusto Fischer é professor titular de Literatura Brasileira no Instituto de Letras da UFRGS, onde leciona desde 1984. Em 1992 criou um curso optativo de Canção Popular Brasileira, para alunos de Letras, Ciências Humanas e Música, que funciona desde então. A partir dele, criou-se uma abertura para estudos e pesquisas de pós-graduação, onde tem orientado, com trabalhos realizados já há duas décadas. Articulou a criação do Núcleo de Estudos da Canção, junto à Pró-Reitoria de Extensão da UFRGS, que mantém programação desde então, com palestras, depoimentos e debates entre músicos, cancionistas, estudiosos e interessados. Junto com Guto Leite, organizou o livro O alcance da canção, pela editora Arquipélago (2016), que reuniu uma série de estudos realizados no Instituto em torno do tema. É autor de uma série de ensaios, artigos e resenhas sobre o universo da canção, publicados em jornais, revistas e livros. Publicou recentemente os livros “Duas formações, uma história: Das ideias fora do lugar ao perspectivismo ameríndio” (2021) e “A ideologia modernista: a semana de 22 e sua consagração” (2022).
LACERDA, Marcos (org.). Luiz Tatit: No princípio era o meio. Acorde! Editoral/ Editora Hedra. São Paulo, 2022
Marcos Lacerda
Marcos Lacerda é sociólogo, com Doutorado na área. Atualmente faz estágio de pós-doutorado no PPGS/UFPEL. Foi professor visitante do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa – ICS/UL (2018/2019) e bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa, Portugal. Publicou, como autor, os livros “A sociedade das tecnociências de mercadorias: introdução à obra de Hermínio Martins” (2020), “Hotel Universo: a poética de Ronaldo Bastos” (2019) e, como organizador, os livros “Sociologia das tecnociências contemporâneas: ensaios de teoria social portuguesa” (2020), “Luiz Tatit: No princípio era o meio” (2022), “A canção como música de invenção” (2018) e “Música: ensaios brasileiros contemporâneos” (2016).
